Wicked: as preciosas lições por trás do filme – o que a jornada de Elphaba e Glinda ensina sobre coragem, autenticidade e propósito
- Denis Carvalho

- há 6 dias
- 5 min de leitura
Wicked, lições do filme, reflexões de vida
Quando Wicked chegou aos cinemas — parte 1 e parte 2 — muita gente foi esperando apenas um musical grandioso, mas saiu com uma sensação estranha… quase como se tivesse tomado um tapa emocional envolto em glitter.
Porque Wicked não é só entretenimento. É um espelho. Um daqueles que você tenta evitar, mas que te chama pelo nome e diz: “senta aqui, vamos conversar sobre você”.
Prepare-se: este artigo vai destrinchar as mensagens mais profundas do filme, te provocar (de propósito), e te mostrar como Wicked pode virar uma verdadeira aula de autoconhecimento.
Neste artigo, veremos:
Wicked e a arte de transformar “ser diferente” em superpoder
Elphaba já nasce marcada: verde, incompreendida, julgada antes de abrir a boca.
E o filme deixa claro algo que quase ninguém quer admitir:
A maioria das pessoas não rejeita você pelo que você é, mas pelo que você desperta dentro delas.
Ao longo das duas partes, vemos Elphaba tentando se encaixar, tentando ser o que esperam dela. Até que chega o ponto de virada: ela percebe que ser diferente não é o problema — é a solução.
Quantas vezes você já tentou suavizar seu brilho pra não incomodar?
Quantas vezes podou sua opinião para “não causar”?
Wicked diz, sem dó nem piedade: se você diminui quem é pra caber no mundo de alguém, você nunca vai viver sua própria história.
A amizade improvável entre Elphaba e Glinda: um laboratório emocional
Glinda e Elphaba são opostos gritantes. A popular e a rejeitada.
O brilho e a sombra.
A “perfeita” e a “errada”.
E é justamente nessa colisão que a mágica acontece.
A amizade delas funciona como um lembrete de que:
relações verdadeiras desafiam nossas crenças,
amizades reais te puxam quando você está perdido,
e ninguém evolui ao lado de gente que só concorda com tudo.
Verdadeiros vínculos não são sobre afinidade, mas sobre impacto.
Se alguém te faz pensar, crescer e questionar — essa pessoa é um tesouro raro.
O Mágico de Oz e o peso das narrativas que contam sobre você (e para você)
Uma das maiores viradas do filme é perceber que o “grande e poderoso” Mágico constrói verdades convenientes — manipula imagens, distorce fatos, cria medos.
E aí a bomba explode:
A reputação de Elphaba como “bruxa má” não nasceu dela. Ela foi construída.
Aqui entra uma lição de ouro:
> Nem toda história que contam sobre você merece ser carregada como verdade.
O filme cutuca nossa tendência de acreditar em narrativas prontas — seja da família, da sociedade ou de relacionamentos tóxicos.
Em termos de desenvolvimento pessoal, isso é ouro puro:
Quem você seria se não carregasse rótulos que não são seus?
Quem você seria se parasse de viver a história que os outros escreveram pra você?
“Defying Gravity”: a virada interna que todo ser humano precisa ter
Quando Elphaba canta Defying Gravity, não é só uma música bonita.
É uma declaração emocional de independência.
Ali, ela finalmente entende:
ninguém vai escrever a vida dela por ela.
E, convenhamos, todo mundo precisa de um momento desses.
Aquela hora em que você decide que:
não vai mais aceitar migalhas,
não vai mais pedir permissão,
não vai mais mendigar validação,
e não vai mais viver com medo de desagradar.
A partir dali, Elphaba se torna perigosa não por ser má, mas por ser livre.
Gente livre sempre assusta quem vive da aprovação alheia.
Amor, perdas e escolhas difíceis: a maturidade emocional em Wicked
O relacionamento entre Elphaba e Fiyero é um ótimo estudo emocional.
O amor deles não é o “felizes para sempre” típico; é cheio de conflito, renúncia e coragem.
O filme joga na nossa cara que:
* amar é escolher,
* e escolhas têm custos,
* e amadurecer é aceitar que não dá para ter tudo.
Mais do que romance, Wicked mostra um amor que exige autenticidade.
Fiyero escolhe Elphaba não porque ela é fácil — mas porque ela é verdadeira.
Se você precisa se esconder para ser amado, isso não é amor.
É anestesia emocional.
A segunda parte: consequências, perdão e reconstrução interna
Na Parte 2, as peças se juntam.
Vemos Elphaba lidando com as consequências de viver sua verdade.
Glinda enfrentando sua própria sombra.
E ambas aprendendo que:
ninguém é totalmente bom,
ninguém é totalmente mau,
e todo mundo está carregando batalhas que não revela.
O desfecho delas é emocionalmente poderoso porque mostra algo que o ser humano luta para aceitar:
> crescer é perder versões antigas de você que já não servem mais.
Cada uma segue um caminho — e ambos são necessários.
O filme nos lembra que finais não precisam ser perfeitos para serem significativos.
A grande moral de Wicked: quando você entende quem é, nada consegue te parar
Wicked não é sobre bruxas.
É sobre identidade.
Sobre olhar para si e perguntar:
Quem eu sou quando ninguém está olhando?
Quem eu quero ser, independentemente do que esperam de mim?
Estou vivendo minha vida ou a vida que me disseram para viver?
A verdadeira magia de Wicked não está nos feitiços, mas na coragem emocional dos personagens.
Resumo direto ao ponto
Elphaba nos ensina autenticidade.
Glinda nos ensina humildade e crescimento.
O Mágico nos ensina a não engolir verdades prontas.
Fiyero nos ensina amor com coragem.
A história inteira nos ensina a reescrever nossa própria identidade.
Conclusão: Wicked é um convite à sua própria revolução interna
Wicked mexe com a gente porque deixa escancarado aquilo que passamos a vida tentando esconder:
todo mundo carrega uma parte verde que tenta disfarçar.
E o filme, com toda sua magia visual, trilhas épicas e diálogos certeiros, diz:
“Use isso. Cresça com isso. Transforme isso.”
Se você aproveitar as lições do filme, pode usar a jornada de Elphaba e Glinda como mapa de autoconhecimento — e como combustível para um novo ciclo de vida, escolhas e propósito.
No final, Wicked não quer que você seja perfeito.
Quer que você seja verdadeiro.
E isso, meu amigo, já é mais mágico do que qualquer feitiço.






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